Fecharam as portas, as janelas
Me vi sem saída
Com a alma aflita,
resolvi dançar
Nesse molejo,
senti sua mão
que me levou
por uma valsa inteira
O som de cada passo
voltou a iluminar nossos rostos
Olhei ao fundo em teus olhos,
sabia de fato onde pisar
Achei que fosse a dança,
mas toda aquela insegurança
se desvairou sob nosso aconchego
E o tal ritmo,
antes atrapalhado
Finalmente em você,
se reequilibrou
Só um grito
Mal amado
Vai quebrar o que você moldou.
Poema: Gi Fabbri
Ilustra: André Porces